DOENÇA PULMONAR CRÔNICA MATA UM BRASILEIRO A CADA 4 HORAS
Ela gera redução progressiva do fluxo de ar nos pulmões, é causada principalmente pelo fumo e será a 3º causa de morte no mundo em 2020.
Morrer sem ar deve ser uma das piores formas de morrer. Se você fuma, imagine isso antes de acender o próximo cigarro e considere parar de fumar o quanto antes. Pensar assim pode parecer mórbido, mas esta imagem é uma ameaça real para os quase 8 milhões de brasileiros portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) , uma condição progressiva causada predominantemente pelo fumo.
Apesar da palavra pulmonar no nome, a DPOC é uma doença sistêmica, ou seja, compromete o corpo todo. Associada a uma reação inflamatória exagerada – uma resposta do organismo a partículas e gases nocivos aos pulmões – ela gera a limitação progressiva do fluxo de ar que entra e sai dos pulmões, e é responsável por 40 mil mortes ao ano no Brasil, o que, estatisticamente, resulta em uma pessoa a cada quatro horas.As consequências da gradual redução no ar aspirado e expirado começam de forma discreta. Os sintomas são tosse e catarro crônicos, cansaço e falta de ar. Com o tempo, o quadro evolui para uma bronquite crônica, e vai se agravando até chegar ao estágio mais avançado da doença, o enfisema pulmonar. E os problemas não param por aí: a DPOC pode gerar depressão e fadiga muscular, e aumenta em duas vezes o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
“Muitas pessoas com a doença vão parar no hospital por conta de problemas cardiovasculares gerados pela DPOC. E um grande número delas volta para casa medicada para o coração, mas sem ter a doença pulmonar diagnosticada”.