O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou nesta terça-feira (14) campanha de atualização da caderneta de vacinação das crianças. A ação tem como objetivo a melhoria da cobertura vacinal do público infantil e será realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país. A ação ocorrerá no período de 18 a 24 de agosto, sendo 18 o dia D de divulgação e mobilização nacional.
Na campanha de atualização serão oferecidas à população alvo – crianças menores de cinco anos – várias vacinas. A pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) também passam a fazer parte do calendário básico de criança.
Crianças menores de cinco anos de idade devem ser levadas a um posto de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) para que a caderneta de saúde seja avaliada e o esquema vacinal atualizado, de acordo com a situação encontrada. Estarão disponíveis para esta ação todas as vacinas do calendário básico da criança. São elas: BCG, hepatite B, pentavalente, Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).
“A partir de agora, no primeiro semestre, haverá a campanha de vacinação com as gotinhas para combater a poliomielite. No segundo semestre, teremos a campanha de atualização da caderneta infantil”, explicou o ministro. Ele destacou também a distribuição da vitamina A durante a campanha. “Vamos aproveitar este momento de mobilização para expandir a oferta da vitamina A, já que o público é o mesmo, ou seja, crianças menores de cinco anos”, afirmou. Padilha explicou que serão utilizados as mesmas unidades de saúde e os profissionais para otimizar o atendimento. “Queremos evitar que crianças tenham deficiências com a vitamina A, que são a causa de doenças, como diarréia, pneumonias e infecções pulmonares”.
Pentavalente – A vacina pentavalente é injetável e reúne em uma única aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente – que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) – e a vacina contra a hepatite B.
“Além do conforto para as crianças, por representar uma picada a menos, é uma medida de eficiência, de melhoria da gestão pública, com a economia de seringas e nos procedimentos de armazenagens”, avaliou o ministro.
A pentavalente será administrada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Além desta vacina, a criança manterá os dois reforços com a DTP. O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. A vacina hepatite B também ficará disponível a outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente,mas não tinham para a hepatite B.
Foram adquiridas mais de oito milhões de vacinas que serão repassadas aos governos estaduais e ao Distrito Federal. Na primeira remessa, serão 726 mil doses para abastecer todo o Brasil (confira tabela abaixo).
Pólio inativada – A partir de agora, as crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença. OBrasil já está se preparando para utilizar, apenas, a vacina inativada quando ocorrer a erradicação da doença no mundo. A VIP será incluída na pentavalente junto com a vacina meningocócica C (conjugada) transformando-se na vacina heptavalente. Os laboratórios Bio-Manguinhos, Butantan e Fundação Ezequiel Dias (FUNED) estão desenvolvendo este projeto. A previsão é que a vacina heptavalente esteja disponível no Programa Nacional de Imunizações daqui a quatro ou cinco anos.
Vacina oral- As doses da VOP visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo.
Antes, a criança recebia a vacina oral poliomielite (VOP) em todo o esquema vacinal, aos 2 meses (primeira dose), 4 meses (segunda dose), 6 meses (terceira dose) e aos 15 meses (reforço).Agora, nas duas primeiras doses (2 e 4 meses de idade) a criança receberá a vacina inativada poliomielite (VIP) e na terceira dose (6 meses) e no reforço (15 meses) receberá a VOP. A criança menor de 5 anos de idade que iniciou esquema com VOP deverá completar o esquema com a mesma vacina. Já a criança menor de 5 anos, que ainda não iniciou esquema com VOP, deverá seguir o esquema sequencial.
Vitamina A – O Ministério da Saúde vai disponibilizar megadoses de vitamina A para repor as deficiências nutricionais em crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. A estratégia faz parte da Ação Brasil Carinhoso e também terá o seu dia de mobilização nacional, no próximo sábado 18 de agosto.
A Clínica da Família Felippe Cardoso estará aberta nesse sábado - 18.08.2012, da 08:00 às 17:00 para receber todas as crianças que ainda não tomaram a vacina e assim atualizar a Caderneta de Vacinação.
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